O tempo da modernidade e o tempo da reflexão
Palabras clave:
pensamento moderno, tempo, crise, reflexão, corrupção mercadológicaResumen
O foco do presente artigo será o de demonstrar a incompatibilidade entre o tempo da modernidade e o necessário tempo da reflexão, como um dos fatores que conduzem à crise moderna do conhecimento filosófico. Especialmente, as menções se farão com relação ao estudo do Direito e seu status acadêmico, sem olvidar, no entanto, menções de caráter geral. Os motivos de tal tendência, ou melhor, as hipóteses para tal tendência, são diversas. Ao deparar-me com a contemplação da afirmação sobre a inexistência atual de juristas como os de outrora, penso que o problema crucial não é somente a suposta inexistência – num sentido geral – de juristas como os de antigamente, mas o fato primordial a ser levado em consideração é, ao contrário, o fato de, na modernidade, simplesmente não se pensar como antigamente. Pretendemos abordar esta questão de forma direta nos próximos itens, expondo pensamentos próprios, uma vez que também na atualidade se mostra uma ênfase gritante ao mero estudo historiográfico da filosofia. Ao contrário, o efetivo exercício da filosofia depende da reflexão e do desenvolvimento próprio, personalíssimo do sujeito que filosofa. Preferimos, assim, abordar diretamente os problemas com os quais nos deparamos do que meramente descrever algo posto. Corremos, por claro, o risco de fazer uma “má” filosofia, mas ainda assim, muito mais
útil que a restrição às descrições, uma vez que uma filosofia própria servirá sempre, ao menos, de estímulo ao desenvolvimento de outras reflexões filosóficas próprias.
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